São Francisco – If you’re going to San Francisco… Não se esqueça de levar uma blusa!

O espirituoso Mark Twain disse que o inverno mais frio que ele tinha pegado foi um verão em São Francisco.

Antes de ir para a maravilhosa cidade de São Francisco, li alguns relatos de viajantes que passaram por lá falando, como bem dizem sua mãe e avó, para que você leve um casaco. Assim, se você for a São Francisco, não se esqueça de levar um. É para o seu bem…

São Francisco é uma cidade americana que não tem muito de uma cidade americana. Ela tem personalidade absolutamente própria e se orgulha disso. Não, não espere que por lá você não vá encontrar as típicas hamburguerias americanas, mas sim apenas comida light. Espere, sim, encontrar uma sopa no pão, chamada Sourdough, espere comer king crab em barraquinha de rua (com preço plus taxes, como tudo nos EUA), um chocolate maravilhoso chamado Ghirardelli (coisa não muito fácil nos EUA). Espere, também, encontrar pessoas descoladas, alegres e de bem com a vida. E também um Applebees, Olive Garden, WalMart só para te lembrar onde você está.

Se Londres é famosa por um relógio, São Francisco é famosa por uma ponte. A Golden Gate atrai visitantes do mundo todo. Desde dar uma volta sobre ela, de carro ou à pé, até ir ao mirante tirar umas fotos, ela certamente será um dos cartões postais de sua viagem.

São Francisco também é uma cidade famosa por suas ladeiras. A Lombard Street, com suas curvas fechadas e flores, também vai te conquistar.

Isso tudo sem se esquecer da cadeia mais famosa dos EUA: Alcatraz. Vamos começar o passeio por ela?

Alcatraz

Alcatraz é uma ilha, localizada na Baía de São Francisco. Foi uma base militar, depois convertida em prisão de segurança máxima. Hospedou famosos como Al Capone, além de alguns dos mais perigosos gangsters americanos do início do século XX.

Foi fechada em 1963 e invadida por indígenas em 1969. Ainda há os escritos desta invasão, que durou quase 2 anos.

Hoje é um Marco Histórico Nacional americano e um dos lugares mais visitados de São Francisco. Quem opera os passeios é a Alcatraz Cruises. Minha dica é: compre antecipadamente. O negócio é lotado e muitas pessoas que vão sem ingresso não conseguem comprá-lo na hora. Se o seu objetivo for fazer o night cruise (passeio noturno em que se pega o pôr do sol em SF e se visita a cadeia à noite) compre antes ainda. Lotam com 3 meses de antecedência.

Há muitas histórias interessantes contadas em Alcatraz e a organização do passeio é aquela de dar inveja. Há áudio guias inclusos no ingresso (tem português inclusive) e você faz uma visita guiada por todas as celas, refeitórios e locais de banho de sol. Lá é ainda mais frio do que no continente, ou seja, é melhor levar uma blusa reforçada.

Seguem fotos, para florear o imaginário…

Esta última foto era o lugar externo ao presídio, ainda na ilha. Aí o pessoal que tinha bom comportamento se reunia para jogar beisebol. O vento era extremamente gelado, mas, podemos considerar um privilégio poder praticar uma atividade física nesta prisão tão amedrontadora…

Não dá prá não ir até ela se estiver em San Francisco.

Union Square e o Bondinho

Um dos grandes charmes de São Francisco é o seu famoso método de transporte por bondes, os “cable cars”. Eles rodam pela região central da cidade e são muito mais um agradável passeio do que um transporte efetivo, já que são lentos e constantemente lotados de turistas. Passam por alguns dos pontos turísticos da cidade, como a Lombard Street e o píer. Tome-o se estiver com tempo e disposição de passear pela cidade. Com pressa ou tendo algum compromisso, esqueça.

A Union Square é a praça coração da cidade. Lá estão a Macys e seu famoso The Chesecake Factory no teto. Além disso, há outras diversas lojas em seu entorno o que faz da região um ótimo lugar para comprar. Além disso, há outros restaurantes na região, o que a torna, também, um ponto turístico gastronômico.

Hospedar-se nessa região costuma ser o grande achado de lá. Fica-se perto de tudo, inclusive da estação inicial dos bondinhos. Dá prá fazer a região à pé e o deslocamento para outros lugares famosos, como Fisherman’s Warf é fácil. Ficamos hospedados por lá, no bom Best Western Hotel California e só posso elogiar. O Hotel é antigo, mas restaurado e conservado. Os quartos são pequenos como em Nova York, mas a recepção foi extremamente amigável. São Francisco não carrega aquele clima carrancudo, ao contrário, é uma cidade muito despojada em seus modos e pessoas, o que a torna muito agradável em todos os sentidos.

Vamos passear pelas fotos?

Union Square vista da The Cheesecake Factory

Um cable car

Ghirardelli Square

Outra de lá

Essas duas fotos acima são da Ghirardelli Square. Antigamente, a fábrica dos chocolates Ghirardelli (experimente, não perca a chance) ficava aí. Depois mudaram-se e a cidade tornou o antigo espaço uma bela praça, onde os moradores podem aproveitar para fazerem atividades ao ar livre. É um lugar muito legal de se passear e, porque não, comprar uns chocolates na lojinha própria que ainda tem lá.

The Golden Gate Park

Aposto que você não sabia que São Francisco tinha um parque. E que belo parque, viu? Não deve nada aos parques famosos de outras grandes cidades pelo mundo.

Esse passeio a gente acabou fazendo de carro alugado, o que facilitou o deslocamento. São Francisco não é uma cidade adequada para se alugar um carro, com estacionamento caro e não muito fácil. Mas como o casal de amigos que estava conosco foi visitar o Vale do Sílicio e optou por um, ainda estávamos com ele no primeiro dia. Foi devolvido no dia seguinte.

O parque é grande e desemboca no Pacífico. A neblina era intensa, a praia não é nada convidativa (uma água gelada que dava medo), mas a conservação do parque era impecável e havia, por que não, a possibilidade de se aproveitar essa praia num dia de sol.

Detalhe para o moinho que tinha lá e um lindo jardim florido…

Ela, a praia no fim do parque.

Eu visitaria esse parque todos os dias, se pudesse, principalmente para caminhar e apreciar todo o cuidado e beleza.

Lombard Street

Essa é a famosa rua de São Francisco, a mais curva do mundo. Já foi cenário de filmes como Bullitt, com o Steve McQueen. Essa rua é um local de parada de um dos bondes (a linha Powell & Hyde) e um dos locais com maior concentração de turistas em SanFran (tô íntimo do local).

Aqui não tem muito o que comentar, apenas vou mandar as fotos para vocês verem que coisa mais maluca são as curvas. E os jardins, como de praxe, bem, as fotos falam por si…

Descendo!!!!

Só prá ter uma ideia de como a cidade é íngreme

De baixo para cima.

Vá lá, não perca a chance de conhecê-la.

Compras

São Francisco é um dos bons lugares para se fazer compras nos EUA. A sales tax (imposto cobrado à parte de cada compra que fazemos) é mais alto do que na Florida, por exemplo. A California cobra 7,5% de imposto. A cidade mais 1,25. A Florida cobra 6%, por exemplo, mais o municipal ou do condado da cidade. Em Orlando, para ficar no exemplo, o total dá 6,5%. Ou seja, há uma diferença de 2,25% a mais para compras realizadas em São Francisco.

Mas existem uma série de lojas por lá, todas muito acessíveis. A região da Union Square, por exemplo, possui muitas lojas. A maioria do que os brasileiros mais gostam está ali na região.

Píer e Fishermans Wharf

Esse seria, depois da Union Square, um bom lugar para se ficar na cidade. A Union Square é melhor por ser mais centralizada, mas essa região é, também, bastante turística. Lá ficam as barracas de rua que vendem o Sourdough, os king crabs e etc. Além disso, ali é onde há a maior concentração de lojas de souvernires e restaurantes, até os de rede.

Infelizmente minhas fotos noturnas ficaram péssimas por lá (não sei por quê). Mas vou postar umas diurnas também.

Detalhe fica para o Pier 39, onde eles colocaram uns descansos para os leões marinhos ficarem. Há dezenas, até centenas de leões marinhos deitados ali, dia e noite. O cheiro é aquele característico, não muito agradável, mas é algo bastante pitoresco, clássico da cidade.

Na região também ficam alguns transatlânticos, como o da foto. Quem diria que São Francisco seria uma parada de cruzeiros?

A placa famosa

O transatlântico

O Pier 39 e os leões marinhos

Chinatown

Agora há pouco estava lendo sobre a Chinatown de Singapura e dizendo que ela era uma das mais limpas e bem cuidadas em que eu já tinha ido.

Pois bem, a de São Francisco também é bastante organizada. Aliás, se eu tivesse que usar uma palavra para definir a cidade, ela seria limpeza.

Tudo muito limpo e bem cuidado, arrumado. Sinceramente, um charme. Fotos? Pois não!

Visite e aproveite para compras lembranças. Fisherman’s Wharf é um bom local para souvernires, mas aqui não deixa a desejar. Aliás, uma dica que se dá em todas as cidades em que haja Chinatown, é que as lembranças sejam compradas lá. Geralmente é o local mais barato.

Golden Gate

Eu juro, juro mesmo, é sério, que eu tinha pensado em escrever menos sobre São Francisco. Mas o problema é que eu me empolgo e gosto de deixar relatos extremamente detalhados de todas as viagens. Olhando para o blog eu refaço, mentalmente, todos os caminhos da viagem e aproveito para revivê-la.

Fiquei na dúvida se colocava a Golden Gate no começo ou no final. Preferi começar por Alcatraz e acabar por ela. Os dois maiores locais de visita da cidade abrem e fecham o post sobre ela.

A Golden Gate está onipresente pela cidade. É fato que a Baía de São Francisco geralmente está com névoa, assim não é sempre que se vê a ponte como nas fotos que postarei. Tivemos sorte.

De Alcatraz, por exemplo, daria para que ela fosse vista. O próprio barco que nos leva até a ex-prisão menciona isso. Mas no dia em que fomos não se via muita coisa, por causa da névoa. Felizmente, no dia seguinte, abriu um lindo sol e as fotos ficaram excelentes.

Existem diversos lugares na cidade de onde se pode tirar boas fotos da ponte. Nós optamos pelo Lincoln Boulvevard, onde havia, até um pedaço de um dos cabos de aço que suportam a ponte. Como vocês podem ver, o dia estava lindo!

São Francisco, sinceramente, é uma das cidades mais interessantes para se visitar nos Estados Unidos, junto, talvez, a New Orleans. É um pouco mais longe do que a Florida, mas vale o esforço. Aproveite e divirta-se. O passeio será absolutamente agradável e inesquecível.

Bali – Lótus, Arrozais, Música, Templos, Misticismo e Hospitalidade. O que mais esperar de um lugar?

Se você chegou até aqui pelo google, não deixe de passar por este post para entender como planejar o seu roteiro pelo sudeste asiático…

Já faz quase 8 meses que voltamos de Bali e estou ensaiando para finalmente terminar os posts sobre nossa viagem para o sudeste asiático. E não haveria melhor forma de se terminar esse passeio, senão indo a um dos lugares mais especiais do mundo. Digo “especial” pois não consegui encontrar outro adjetivo que somasse todas as qualidades que o destino possui.

Como chegar?

Não é difícil chegar a um lugar onde todo mundo quer ir. Bali fica na Indonésia, que é um país ao sul da Tailândia e da Malásia e ao norte da Austrália. Dá prá chegar lá vindo de Bangkok, Cingapura e Kuala Lumpur. A capital, Jacarta, pode até ter seus atrativos, mas não acredito que muitas pessoas com interesse em Bali passem por lá.

Brasileiros precisam de visto, que pode ser pego no aeroporto (visa on arrival) por 25 USD, por até 30 dias de estadia. Fique com umas rúpias na carteira para pagar uma taxa de saída do país de 150.000 Rps (cheque o valor antes de viajar). Caso contrário, vão te dar uma cotação altamente ruim para trocar dólares ou euros ali na hora.

O que é?

Erroneamente eu, e acredito que muitas outras pessoas também, imaginam Bali como um destino idílico, com praias sensacionais e maravilhosas. Bali até tem praias, notadamente em Kuta e Nusa Dua, mas não vá lá para ir prá praia. De passagem, vou colocar umas fotos de um resort muito bom em que ficamos, em Nusa Dua, mas não é o forte do lugar. Existem praias muito mais bonitas na Tailândia, por exemplo. De ouvir falar (sem ir) soube que o litoral Malaio e mesmo o Cambojano, também possuem atrativos mais belos.

Kuta  (não fomos) é o local mais descolado da ilha. Existem boas praias para a prática de surf (é lá que quem gosta do esporte fica) e muitos bares, cafés e baladas. Digamos que seja o lugar mais baladeiro de Bali.

Seminyak é ao lado de Kuta (também não fomos) e é um outro local bastante turístico (principalmente misturado com Kuta). Bares, cafés e restaurantes também tornam o local bastante frequentado por turistas que querem um pouco mais de agito, coisa difícil em Ubud e Nusa Dua.

Ubud é a capital cultural da ilha, o lugar onde você deve ir. Nusa Dua tem praias e resorts a perder de vista e pode valer a pena para um descanso depois de andar muito.

Bali é uma ilha pequena. A parte centro-sul (que é a mais turística) não tem mais do que 50 km de distância. Entre Ubud e Nusa Dua são 50 km. O aeroporto, em Denpasar, capital da ilha, fica mais próximo de Nusa Dua e Kuta (uns 15 km). Ubud dista aproximadamente 35 km. O problema é o trânsito. Considere gastar, facilmente, de 2 a 3 horas nesse percurso. Ainda mais dependendo do seu motorista….

A praia de Nusa Dua. Feia, não é, mas não vale atravessar o mundo por ela…

Como se locomover?

Quando chegamos lá, havia um monte de placas dizendo que seria construído um metrô entre Denpasar e Kuta. As obras estavam andando, pelo menos parecia…

Bom, sem muitas delongas, esqueça transporte coletivo. Em Bali você vai precisar de um meio de transporte próprio. Pode até alugar um carro (o que não é nada aconselhável, já que a mão é inglesa e as vielas para tráfego muito apertadas). Frequentemente só passa um carro. O pessoal de lá anda muito devagar (não passam de 30 km/h) e buzinando o tempo todo. Curvas fortes, onde não se tem visão do outro lado e pistas estreitas, onde só passa um carro, são o sistema viário do país.

A solução, portanto, é alugar um carro com motorista. Por uns USD 40 você consegue fazer isso sem dificuldade. O sujeito te pega cedo no hotel, te leva onde você quiser (e te fala os lugares legais, é claro) e te leva de volta no fim do dia.

Os mais aventureiros podem querer alugar motos (muito comuns por lá). Tendo em mente que a mão é inglesa, pode ser uma outra solução interessante para passear bastante. O pessoal não dirige muito bem (acho que eles têm muito medo de acidentes). Prepare-se para muita cautela ao dirigir.

Nós optamos pelo carro com motorista no dia em que passeamos pela região de Ubud e depois no transfer até Nusa Dua. Do aeroporto ao hotel eu tinha conversado com um sujeito pela internet, com informações no tripadvisor. Mas, infelizmente, ele abusava de não saber dirigir e tivemos que dispensá-lo. O problema é que o cara tinha alugado um carro para fazer nosso transporte e eu ainda tive que reembolsá-lo pelo seu prejuízo. Mas, ainda assim, foi melhor do que ficar com ele.

Eu não iria chegar em lugar nenhum com aquele motorista. Olhem só o que eu perderia?

Quando ir?

Você, meu caro leitor, minha cara leitora, não vai querer sair da sua casinha quentinha (ou fresquinha dependendo da estação do ano), montar num avião, fazer, pelo menos duas escalas, encarar 30 horas entre aeroportos e voos, para chegar num lugar e só tomar chuva, não é? Ah, mas todo lugar está sujeito a chuvas em qualquer época, uns vão dizer. Tudo bem, isso até faz algum sentido, mas não saia de casa só na fé, achando que os dilúvios que tomam conta do sudeste asiático não vão te pegar…

A chuva começa em dezembro e vai até abril. Entre dezembro e fevereiro chove muito. A partir do final de março começa a melhorar. Época boa para visitar? Entre abril e maio, antes da alta temporada, que começa em junho e vai até setembro.

O restante do sudeste asiático (Tailândia, Camboja, Laos e Vietnã) tem a temporada de chuvas em oposição a Bali. Assim, para combinar os destinos, só mesmo indo em março/abril. Daí prá frente chove muito por lá enquanto Bali entra no período seco. É preciso planejamento para não pegar Bangkok, só a título de exemplo, alagada, depois de vir de Bali.

Quanto tempo e onde ficar?

Uma viagem completa a Bali, incluindo Ubud, Kuta, Seminyak, Nusa Dua, vulcões e etc., deveria levar uma semana, ao menos. Pela experiência que tive, ficaria uns 5 dias. Uns 2 em Ubud, faria um passeio por Kuta e Seminyak e descansaria outros dois dias em Nusa Dua. As paisagens são muito bonitas, mas os templos, apesar de diferentes conotações são, aos nossos olhos, muito parecidos uns com os outros. Para quem é realmente aficionado por eles, pode requerer um tempo maior. Deve pensar em um tempo maior, também, quem pensa em fazer turismo de meditação, yoga e contemplação, por exemplo. No hotel em que ficamos havia um grupo de australianos que permaneceu uma semana em Bali só fazendo yoga. Também é válido!

Em relação a onde ficar, Bali exige um turismo itinerante. Não dá para montar base em Ubud e tentar conhecer tudo de lá, em razão do trânsito caótico. Um passeio Ubud – Nusa Dua tomaria mais de metade do seu dia útil (umas 6 horas). Nusa Dua e Kuta já são mais próximas (mas são os lugares piores em relação a trânsito). Enfim, tem que ficar fazendo e desfazendo mala o tempo todo, senão a perda de tempo será imensa.

Ubud

Depois de dar todas as dicas práticas para você fazer uma viagem feliz, vamos àlgumas descrições de lugares. Ubud é, sem sombra de dúvidas, o lugar mais relevante de Bali. Tendo pouco tempo, vá só para lá que a essência de Bali já estará com você.

A formação cultural de Bali vem dos hindus que, em fuga da perseguição religiosa da maioria muçulmana, se instalou lá. Assim, a população de Bali é majoritariamente (quase totalmente) hinduísta. Mas é um hinduísmo à moda balinesa. Viemos de Cingapura e há uma enorme diferença entre os templos e o modo de vida das pessoas. Os deuses são os mesmos, mas os rituais são diferentes.

Isso porque cada casa em Bali é um templo. Os terrenos são grandes (para quem tem mais dinheiro, é claro) e a cultura de Bali requer que sejam construídos três templos para cada pessoa. Um para quando ela nasce, outro quando se casa e um terceiro quando morre. Há toda uma mística que envolve as cerimônias, que ocorrem nas ruas. Não há sepultamentos, uma vez que as pessoas, na maior parte das vezes são cremadas. E esses rituais são cercados de muitos adornos, comidas, bebidas e cores.

Assim, é bastante comum se ver rituais nas ruas, com cortejos até os locais onde os corpos serão cremados. A religiosidade se mistura com a cultura, num mix muito interessante que modula todo o meio de vida. Viver em Bali é estar imerso em toda essa riqueza de sons, cores e aromas.

Ali, também, é onde fica a maior parte dos artesãos de Bali. Espelhos maravilhosos, esculturas, pinturas, móveis e objetos de decoração tomam conta das ruas de Ubud. A Monkey Forest Road, que dá direto no templo da floresta onde os macacos andam livremente, é cheia de lojinhas onde todo esse artesanato é vendido.

Falando um pouco sobre esse local, realmente é muito interessante ver a veneração aos símios. A macacada fica solta (e é esperta, então cuidado com comidas e bebidas por lá) e faz o que quer. Há estátuas de macacos por todos os lados e até um cemitério para os que falecem. O respeito com os animais é transformado em veneração. É um lugar feito para que eles sejam soltos, mas também serve para que sejam cultuados…

Monkey Forest

No centro de Ubud, no início da Monkey Forest Road, está o Café Lótus. É um restaurante que está de frente a um lago cheio de flores de lótus. No fim há um templo e um palco onde são feitas apresentações de danças típicas. A comida é diferente, e a dança muito bonita. É um belíssimo espetáculo.

No hotel me disseram que havia diversos shows de danças típicas e que era só escolher algum lugar entre os cafés e hoteis de Ubud. Escolhemos esse muito em razão do ambiente e da beleza do jardim. Não nos arrependemos do espetáculo.

Em nosso segundo dia por lá, percorremos os campos de arroz e alguns templos próximos de Ubud. Nesse caso, a escolha é muito particular. Eu tinha um mapa onde estavam os vários Puri (Puri é Templo em balinês) e fui mais ou menos indicando os lugares. Visitamos alguns templos mais específicos como o da água sagrada e vimos campos de arroz. Na ida entre Ubud e Nusa Dua escolhemos alguns outros templos.

Uma dica: vão te exigir sarong (aquela saia) em todos eles. Em alguns, além da saia, vão querer que você cubra também a cabeça. Alguns templos alugam essas roupas nas suas portas. Mas não compensa. Por 5 USD você compra dois sarongs e entra em todos sem dor de cabeça. Em cada um deles há tendas com vendedores ambulantes. Vá na fé!

Fotos? Finalmente, né, depois de tanto falatório (escrito – hehehehehe)

200 e poucos degraus, em cada sentido, para chegar no templo

Não há como não voltar de cabeça aberta de um lugar como este. A viagem é absolutamente maravilhosa e contemplativa. O modo de vida das pessoas é diferente. O jeito como veem o mundo, também. Tanto é que eu nem me preocupei tanto em anotar os nomes dos templos porque cada um tem um significado e são milhares espalhados pela ilha. A crença deles em cada detalhe da sua cultura e religião, o cuidado com os detalhes, a cortesia e educação com os turistas, o modo de servir, enfim, tudo isso torna Bali um lugar mais do que especial…

A única tristeza é a pobreza da população. Infelizmente as pessoas são pobres. Mas, como em todo sudeste asiático, a pobreza não é motivo para não viver e, a seu modo, tenho certeza de que todos são muito felizes…

Sala de aula de crianças em Ubud

Canal de água que irriga os campos de arroz

Como não poderia deixar de ser, voltamos apaixonados por Ubud (além de termos feito ótimas compras de espelhos…)

Mais fotos?

Nusa Dua

Sinceramente, parece que em todo lugar pobre é necessário se fechar dentro de muros para garantir a segurança, como se as pessoas do lado de fora fossem inimigas. Até entendo isso em determinadas situações (guerra ou quase guerra, como vivemos no Brasil) mas, de qualquer forma, é algo que nos entristece.

Nusa Dua é um condomínio de resorts, fechados com segurança privada, de frente para a praia. Para entrar no condomínio os carros são revistados (porta-malas inclusive) e as pessoas precisam se identificar. O motivo? Houve tentativa do disparo de bombas lá dentro, num suposto atentado terrorista (só soube disso, muito discretamente, quando o fotógrafo do hotel me disse o motivo de tamanha segurança num lugar daqueles).

Como disse, a praia é bonita, e há alguma restaurantes do lado de fora do condomínio (muito mais baratos do que os hoteis). Nesse caso, há ainda uma diferença: em geral, comer em hotel é mais caro do que na rua, mas não muito. Há um ágio natural pelos serviços, mas nada proibitivo. Em Bali, como tudo é bem mais barato do que aqui, comer no hotel significa pagar um ágio absurdo, coisa de dobro ou triplo do que se pagaria na rua por uma refeição semelhante. Os preços dos grandes hoteis de rede (ficamos no Nusa Dua Beach Hotel e recomendo) são dolarizados, quase indexados às suas matrizes. Assim, fica muito caro comer por lá (apesar de termos feito isso uma vez, com um jantar à beira mar muito legal).

De resto, ficam as fotos, já que tiramos os dois dias para descanso, praia e piscina. O mar é tranquilo e quente, apesar de estar com muitas algas nos dias em que estivemos por lá. O hotel estava bem tranquilo…

Restaurante na rua: ótima comida por 1/3 do preço do hotel…

Felicidade do blogueiro

Quando a gente começa um blog (ainda mais um não remunerado como este), geralmente está muito animado em compartilhar coisas.Com o tempo, nossa animação passa, quando vemos que o trabalho não tem, assim, muita abrangência. Comecei o blog faz um ano e meio e tenho recebido cada vez mais visitas. Os comentários também estão se tornando mais frequentes, à medida em que cresce o número de lugares.

Fico muito contente em estar recebendo feedback dos leitores e em ver o crescimento do número de visitantes. Quanto mais pessoas passarem por aqui, mais eu me animo em continuar a relatar meus passeios. O que faço com muito gosto, é claro.

Obrigado pela visita!

Bangkok – Maluca? Só se você quiser!

Se você chegou até aqui pelo google, não deixe de passar por este post para entender como planejar o seu roteiro pelo sudeste asiático…

A minha grande sorte nessa vida foi não ter visto o filme “Se Beber não Case 2” antes de ir para Bangkok. E ter estudado um pouco o roteiro antes de me aventurar pela capital Tai e uma das grandes cidades do mundo.

Bangkok não morde, em primeiro lugar. É diferente do que estamos acostumados, mas só um pouco. A cultura ocidental do shopping center já deu seus passos por lá e a cidade, principalmente na região da Siam Square, é um emaranhado de shoppings, um conectado ao outro pelo Skywalk (que eu já explico o que é).

Mas se você quer doideira, tem também, oras. Afinal você está em Bangkok!

Grande Palácio Real e o Templo do Buda de Esmeralda

Para começar a conversa, Bangkok tem um dos palácios mais sensacionais do mundo. Tudo bem que Versailles é fantástico e aqui mesmo no blog temos o Sans Souci que também é maravilhoso. Mas o palácio asiático tem um “que” de diferente que nós, ocidentais, nunca teremos visto na vida. Vale a visita só por isso.

Aqui, mais do que falar do palácio, eu vou mostrar umas fotos e dar umas dicas de coisas que certamente acontecerão com você:

Sua construção iniciou-se em 1782 e foi utilizado como residência oficial até 1932, com a abolição da monarquia absolutista no país. Em 1945,  após o retorno do rei Rama VIII, voltou a ser utilizado como residência oficial em tempo integral. Após sua morte, um ano depois, foi definitivamente aposentado de sua função de residência oficial, mas sem perder suas funções de sediar rituais, banquetes, cerimoniais e outros compromissos de Estado.

Vale a visita?

Com absoluta certeza. O Palácio de Phnom Penh, já descrito aqui, é uma miniatura deste. O de Bangkok é gigantesco e com uma arquitetura muito diferente. As colunas, os telhados e as torres não encontram paralelo do lado de cá do mundo. Na minha opinião, este palácio é a coisa mais importante para se ver na cidade.

Templo do buda de esmeralda

Aqui eu vou ficar devendo a foto, porque não deixam que a gente tire dentro do templo. Esse templo fica dentro do complexo do palácio real e é o mais sagrado da Tailândia. Abriga uma imagem de buda que seria, supostamente, de esmeralda. O que eu ouvi por lá (confirmado pela wikipedia) é que a estátua é de jade, já que não existe esmeralda na Tailândia. Dado o seu caráter sagrado, contudo, acredito que pensaram que seria mais adequado que ela fosse nomeada como buda de esmeralda, uma pedra preciosa, ao invés de jade…

O Buda deitado “Wat Pho”

A uma distância não muito grande do Palácio real fica a segunda parada obrigatória de Bangkok, Wat Pho, o templo que abriga o Buda deitado. Aqui, tem uns macetes. Vamos a eles:

O pessoal que fica do lado de fora do palácio real (que fecha às 15:30 hs.) tenta, de todas as maneiras, te indicar o lado errado do buda deitado. Além disso falam que ele já fechou e querem te levar para alguma outra atividade que os remunere. Assim, muito cuidado com taxistas ou tuk tukers (que são mais caros do que táxis) ao redor de atrações turísticas. O buda deitado está a uma distância razoavelmente caminhável do Palácio, mas se você quiser ir de táxi, não vai ficar caro. Ah, e ele fecha às 17:00 ou 18:00 hs. (cheque antes).

Esta é outra dificuldade imensa da cidade: os horários. Sinceramente, peguei folhetos e perguntei para algumas pessoas mais confiáveis (uma moça com quem fechamos os passeios de fora de Bangkok e mesmo a turma do hotel) e ninguém sabe nada. Segundo me disse a Tong, com quem fizemos alguns tours, eles mexem tanto nos horários, que ninguém nunca sabe o que será. Portanto, mesmo que você tente confirmar tudo antecipadamente, sempre é melhor verificar em datas próximas como será o funcionamento, principalmente se objetivar chegar nas horas de fechamento…

Superados os avisos, vamos ao local propriamente dito:

Caso você já o tenha visto em programas de televisão, novelas e etc., saiba que, ainda assim, ele irá te surpreender pelo tamanho. É uma estátua gigantesca, coberta de ouro (mas não toda de ouro). Ela sedia uma série de rituais budistas (estivemos lá durante o Songkran, que é o ano novo tailandês e ela estava toda cercada de rituais e festividades). Tem 43 metros de comprimento por 15 metros de altura, segundo o wikipedia.

Como disse, o templo do buda deitado é parte de um complexo de templos (bem menor do que o palácio real). Assim, reserve um tempo para dar um passeio por eles. Há muitas orações e monges passando pelo local. Vale a pena.

O Songkran

Antes que o amigo ou amiga leitor (a) possa se confundir, o Songkran não se trata de um lugar em Bangkok, mas de uma data: o ano novo tailandês.

O negócio é o seguinte: se você  estiver por lá nestas datas (segunda semana de abril, de sexta a segunda) e não gostar de água (ou planejar fazer passeios “convencionais”), esqueça. A cidade fica infestada de pessoas com armas de água (algumas bem poderosas, estilo bazuca mesmo) e a ordem é molhar todo mundo. Se você resolver tomar um tuk tuk, prepare-se para ficar muito molhado. E a Khao San Road (meca do turismo mochileiro do sudeste asiático) é o coração do evento.

Minha esposa e eu fomos pegos completamente de surpresa pela data, em cima da hora (quando marcamos os passeios externos de Bangkok). Trata-se de um feriado longo (tipo o nosso carnaval) onde quase nada funciona na cidade. O quase nada que eu digo é a vida civil (bancos, repartições públicas, etc.), já que a parte turística não é abalada. Não sei se os palácios ficam abertos, é preciso checar, mas se ficarem a única maneira de ir até eles será de táxi… Em resumo, a gente ficava com medo de sair na rua e voltar ensopado e acabamos perdendo alguns passeios (tipo a Khao San Road) por causa do tumulto.

A lição que a gente tira é a de que devemos analisar muito bem o calendário dos lugares antes de nos mandarmos por este mundão. Nosso passeio não foi inviabilizado porque chegamos um dia antes e conseguimos visitar os palácios. Mas no domingo tudo ficou muito prejudicado. Como o planejado era irmos aos mercados flutuante e do trem e ao templo de tigres, o sábado foi normal. Mas domingo acabamos ficando num dos shoppings de lá, sem poder pisar na rua. Se quiser ir para aproveitar o feriado, vá ciente e aproveite. Mas cuidado para não ser pego de surpresa como nós fomos…

O skywalk e os shoppings

Aqui não me resta outra coisa, senão falar de shoppings. O skywalk é uma passarela (tipo o minhocão de SP) por onde passa o “metrô” de Bangkok. Ele é bem limitado e só passa por cima da área mais central da cidade. É uma calçada suspensa que facilita a caminhada e a ligação entre as estações.

Em relação aos shoppings, o que posso dizer é que a cidade é bem ocidentalizada neste quesito. Não sentimos muitas diferenças em relação aos shoppings de outros lugares do mundo. Exceto pelo piso de comida, que é muito interessante e diferente. Vou deixar umas fotos para ilustrar o post:

Fora de Bangkok

O mercado do trem

Quando pensamos em situações pitorescas da Ásia, logo vêm a nossa mente os mercados. Eles são diversos do que estamos acostumados, já que a culinária é bastante diferente. Além disso, as noções de higiene também variam um pouco daqui para lá.

Pois bem, a primeira pergunta que faço neste ponto da viagem é: vale a pena sair de Bangkok para conhecer esses lugares?

A minha resposta é: sim.

Eles são muito turistões, batidos e estão mais para destino turístico do que para mercados propriamente ditos. Mas valem a pena pelo seu caráter pitoresco. Onde é que você vai encontrar um mercado com um trem passando no meio, aí próximo da sua casa? Anh? Fala aí!

Portanto, vale a pena passear pelos lugares para ver com os seus próprios olhos. Este, aliás, é um mal que todos passaremos em viagens: irmos a lugares que são sabidamente “pega turista”. Não tem jeito! Fotos?

Neste lugar aí, o certo é ir com guia. O trem passa oito vezes ao dia, quatro chegando e quatro saindo. Assim, uma pessoa que entenda dos horários dele é fundamental para aproveitar o passeio. Se o trem não passar, a visita não será nada mais do que um mercado com trilhos no meio.

O pessoal é bastante esperto por lá e sabe quando o trem chega. Eles mesmos já apertam os turistas junto das barracas de produtos, que ficam, de fato, no meio do trilho.

A pergunta

Quando você chega lá, vê que existe muito terreno ao lado dos trilhos onde pode ser construído um mercado. E eu perguntei ao guia, então, o porquê de um mercado tão perigoso ainda estar ativo.

Ele me disse que o governo já tinha tentado tirar a turma de lá várias vezes (e tirou), mas como o preço dos terrenos está fora de possibilidade para muitos tailandeses, não lhes resta outra saída a não ser ir para os trilhos de novo…

Não sei se é verdade, mas foi o que me disseram!

Aproveite seu passeio, já que será rápido e interessante…

Um mercado flutuante – Damnoen Saduak

Bom, antes de mais nada é interessante dizer que não existe “O” mercado flutuante, mas vários. Assim, quando for para lá, assegure-se de qual deseja visitar (não sei se são muito diferentes, mas, enfim).

O de Damnoen Saduak é o mais turístico e que funciona todos os dias. Próximo de Bangkok (dá prá ir de ônibus para os mais aventureiros) tem um, chamado Khlong Latmayom. Não precisa muito mais do que uma “googlada” para achar, ao menos, uma dezena deles por ali.

Por ser um dos mais visitados, o de Damnoen Saduak deve ser o mais “turistão” de todos. Nele você pode pegar um barco e dar uma volta por lá, estilo Veneza. Nosso guia até pegou um tradicional café da manhã tailandês num barco de uma vendedora.

Por ali também há as tradicionais figuras que sempre habitam os lugares de muito movimento… Vai valer a pena passear por lá.

Uma historinha

Segundo nosso guia me contou, esses canais por onde o pessoal passa com os barcos foram criados por um antigo rei tailandês que, preocupado com o deslocamento por péssimas estradas (além da falta de saneamento básico) optou por construir uma grande rede de canais. Assim, alguns camponeses puderam trazer seus produtos para comercializarem em mercados. Daí veio essa tradição de vender em barcos.

A pergunta

É pega turista? É! Vale a pena? Sim!

Repito: onde, meu caro amigo ou amiga visitante, você achará, aí na sua vizinhança, pessoas com produtos diferentes em barcos?

O Tiger Temple de Kanchanaburi

Aqui temos o momento Luciana Gimenez do blog! É polêmico, muito polêmico!

A história

O templo foi fundado em 1994, com o fito de ser um local de oração e santuário de animais silvestres. Em 1999 o primeiro tigre chegou e, a partir daí, o pessoal das redondezas começou a levar os tigres que eram encontrados por lá para o templo. Hoje já passa de 100 o número de felinos por lá.

O grande motivo da polêmica é: como tigres, grandes predadores do topo da cadeia alimentar e animais naturalmente territoriais e agressivos, se tornaram mansos gatinhos nas mãos dos monges?

É preciso que se diga, de antemão, que o crescimento populacional e a ocupação de áreas antes silvestres tem causado um êxodo de animais que perderam os alimentos de seus habitats. Aí, esses grandes comedores de carne normalmente caçam criações de fazendas, causando prejuízo. O fim da história a gente já sabe: eles são caçados e abatidos.

A ideia do templo é ser um local de preservação dos tigres. Eles ficam a maior parte do tempo soltos (as visitas só são permitidas durante a tarde, momento em que eles estão mais tranquilos após a refeição – atualmente existe uma segunda opção, louca de cara, de tratar dos tigres de manhã, mas ela é bem restrita) e só ficam disponíveis durante uma pequena parte do dia para interação com os visitantes.

A pergunta

Mas não houve resposta para a pergunta: como animais naturalmente agressivos conseguem ser controlados daquela maneira, a ponto de permitirem que passemos a mão neles, como gatos domésticos?

Não sei esta resposta. O guia me disse que há 5 anos ele visita semanalmente o templo e nunca viu nada de estranho na alimentação dos tigres. Diferentemente do que se diz por aí, eles não são sedados. O que pode explicar a sua situação é o fato de serem bem alimentados (com frango, segundo disseram por lá) e, com a saciedade constante (e certeza de alimentação periódica). Mas não sei se só isso seria capaz de segurar aqueles bichos enormes.

A pergunta 2

E por que motivo, também, deixá-los em cativeiro?

Aí a explicação é o que disse acima. Seus habitats estão sendo tomados pelos seres humanos e a convivência com eles é impossível, em razão de sua natureza de caçadores… É culpa do nosso crescimento populacional.

Esse aí, acima, é o monge responsável pelo templo

O guia

Quem leu algum outro post do blog já deve saber que eu prefiro fazer tudo por conta própria (até por isso criei um blog para trocar experiências) e que eu, normalmente, dou o caminho completo para o leitor fazer o passeio sem ajuda.

Porém, em razão das dificuldades linguísticas e alfabéticas, bem como pela precariedade de transporte coletivo de massa que existe em algumas das cidades visitadas, fica inviável querer fazer tudo sozinho. Em primeiro lugar porque existem taxistas e tuk tukers que sequer conhecem o alfabeto ocidental. Assim, ainda que você esteja com um mapa e aponte o lugar para onde deseja ir, eles não entendem, porque não conhecem nossas letras.

Além disso, salvo hoteis e os envolvidas com turismo, não é comum que as pessoas falem inglês por lá. Assim, é muito complicado conseguir informações fidedignas. A gente nota isso após algum tempo por lá, quando percebe que recebemos muitos “sim” e “sorrisos” em respostas a todas as perguntas. Eles tentam nos ajudar sempre, mas a comunicação é bem precária.

Some-se a isso o fato de serem locais bastante distantes de Bangkok (o Templo dos Tigres fica a mais de duas horas de carro), ou seja, para fazê-lo por conta própria teríamos que superar uma verdadeira saga.

Por fim…

Este deve ser, fatalmente, um dos maiores posts do blog. E isso acontece porque Bangkok, como toda cidade muito grande, tem muito o que se ver. Aqui não falamos das lutas de muay thai, dos shows eróticos, de transexuais, de passeios alternativos, de baladas, de tour pelo rio Chao Phraya, de Ayutthaya, e nem de Wat Arun. Ainda haveria um sem número de templos a serem visitados por lá, mas seria impossível fazer isso tudo no ritmo de viagem em que estávamos.

Assim, certamente gostaria de voltar a Bangkok. Talvez não num futuro tão próximo, mas é um lugar que sempre fez parte do meu imaginário. Conhecê-la foi como realizar um grande sonho…

Diquinhas de Bangkok

– Cuidado com os tuk tuks e os táxis. Os táxis possuem taxímetro mas, principalmente em locais muito turísticos, os taxistas normalmente não querem ligá-lo. Se tiver condição, insista. Eles vão tentar te cobrar o quádruplo do que deveriam se ligassem o taxímetro…

– Cuidado com informações. Já disse sobre o templo das tentativas de enganar os turistas. É frequente, existe e você cairá se não tomar cuidado. Ande com um mapa na mão (de preferência um que tenha os locais em thai e em inglês) e saiba onde quer ir por conta própria. Normalmente as perguntas não terão as respostas desejadas…

De resto aproveite o passeio. Você irá se divertir.

Phuket, Ko Phi Phi e Krabi – A praia e as praias da Tailândia…

Se você chegou até aqui pelo google, não deixe de passar por este post para entender como planejar o seu roteiro pelo sudeste asiático…

Já ouvi que para ir em boas praias não era necessário sair do Brasil. Seria um desperdício de tempo, então, se locomover até o outro lado do mundo apenas para ir a uma… praia? A resposta, definitivamente, é não!

Não se trata aqui, é claro, de qualquer praia. Tratamos de algumas das praias mais idílicas do mundo.

Apenas para situar o leitor. O roteiro passou por Phi Phi Island (lê-se Pi Pi) e Krabi (pronuncia-se Krabí). A passagem por Phuket (fala-se Pukê) foi apenas para pegar o barco para Phi Phi Island.

E porque, a pergunta que não quer calar, nobre blogueiro, o senhor não quis passar num dos destinos MAIS visitados da Ásia? O senhor estava maluco?

Mas é claro que não. Explico. Como em todas as viagens, o tempo foi o fator determinante. Não tinha nada contra Phuket (obviamente) mas os relatos do binômio degradação/prostituição me afastaram de lá. Dizem que as praias são bonitas, mas que o turismo, por ser excessivamente explorado na área há muitos anos, tornou o local muito cheio e complicado. Esses foram os motivos que me tiraram de lá.

Já comentei num outro blog de viagens que, na minha opinião, não se deve gastar dias nem em Phuket e nem em Krabi. Se eu tivesse 4 dias de viagem para gastar em praia, ficaria os 4 em Phi Phi Island e só usaria Phuket e Krabi como pontos de embarque. Mas eu não sou dono da verdade, então cada um faz o que achar melhor. Caso alguém discorde, a caixa de comentários está aberta.

Como disse, usei Phuket apenas para pegar o ferry até Phi Phi Island. Saí do aeroporto direto para o píer, portanto não tenho conhecimento da cidade, infelizmente.

O ferry é fácil de pegar e tem diversos horários. É grande e confortável. Se o seu objetivo for apenas usar como base, sugiro Phuket. O ferry de Krabi (pegamos na volta) é menor e mais apertado. O tempo de viagem é o mesmo, então isso não é diferença. E o custo de táxis é similar. Em resumo, vá e volte por Phuket, que será mais confortável.

Compramos os tickets no aeroporto e não me arrependi. A ida foi direto de Phuket, com hora marcada. Eles te vendem um voucher com horário, que você troca com o pessoal do barco. Pagamos 400 Bahts cada um. Em Phi Phi Island, era possível encontrar a volta por 300 ou 350 Bahts, direto no píer. Assim, compre a ida no aeroporto de Phuket (pagando mais ou menos esse preço) e a volta, deixe para comprar no píer de Phi Phi. Táxis custam uns 400/500 bahts dos aeroportos até os píeres…

Phi Phi Island

Esse é o filé visual de toda a viagem. Phi Phi Island é o segundo lugar mais lindo do mundo em que estive (o primeiro é Bora-Bora). É espetacular! Lindo mesmo.

Vou colocar umas fotos da chegada para dar uma impressão do local:

(Não são fotos tiradas com câmera profissional e nem com nenhum tipo de filtro. São básicas tiradas de câmera comum ou iphone).

Aqui na praia não tem muito o que ficar falando. Ficamos no excelente Outrigger Phi Phi Island (lindo hotel, mas com serviço muito ruim) que nos trouxe toda a comodidade. Tiramos o tempo para descansar.

Existem alguns passeios típicos para se fazer na região. Há o passeio das ilhas (James Bond, Chicken Island) e o da Maya Bay, que é a famosa praia do filme “A Praia”. As duas primeiras são melhores de se fazer de Krabi e Phuket, pois são mais próximas. De Phi Phi Island são distantes e caras. Optamos por não fazê-los.

O da Maya Bay é clássico e imperdível. Além dela, o passeio inclui uma outra baía lindíssima, típica de filmes de Hollywood.

O único problema da Maya Bay são as multidões de chineses que invadem a praia. Muitos tours de um dia são organizados de Krabi e Phuket, assim a praia é lotadíssima. Aí vamos aos fatos:

(i) uns dizem para se ir logo cedo para aproveitar que a praia está mais vazia (as excursões saem das cidades pela manhã e chegam à Maya Bay por volta de 11 horas da manhã). Tá, até pode ser para quem é rato de praia. O problema é que amanhece tarde (tipo 7 da manhã) e o sol vai ficar mais a pino lá pelas 11 horas, meio dia. Assim, ir à praia vazia é perder o charme que o sol vai dar no mar, tornando-o mais azulado. Isso não funciona.

(ii) outros dizem para se ir ao meio dia. Foi o que fizemos. Saímos tarde do hotel (11 horas, horário não muito recomendado) e chegamos lá por volta deste horário. Posso dizer que estava cheio, mas não lotado. Se tivéssemos esperado um pouco mais (saído meio dia) pegaríamos a hora em que a turma das excursões já teria ido embora. Mesmo assim, apesar de lotada, acredito que fizemos um bom negócio e o passeio foi bom.

A grande diferença desta praia para as demais é o fato de ela estar circundada de montanhas e com um acesso por uma baía estreita. Isso a torna fechada e bela. Isso sem contar a cor da água, que é de matar.

Vamos às fotos?

O passeio, de longtail, custou 1500 Bahts o casal. Fomos num barco só nosso, fechado na hora, na vila que fica atrás do hotel. O passeio tinha 4 horas de duração e foi mais ou menos isso que tomou. O barqueiro foi muito simpático e tentou sempre nos mostrar os melhores lugares. Além disso, ainda quis passar no centro da ilha (píer) para que pudéssemos fazer compras. Dispensamos, mas estava incluído no passeio.

Além desse passeio, ficamos curtindo o hotel, que é ótimo. Para quem for ficar lá (recomendo) há uma vila atrás com alguns restaurantes e bares. Muito típico e bonito.

Krabi

Nosso passeio em Krabi se resumiu ao maravilhoso hotel Nakamanda. Se o seu objetivo for descansar, ficar de pernas pro alto sem fazer nada, recomendo. Ele fica numa praia não tão bela chamada Klong Nuang. Só vale mesmo pelo hotel.

A praia famosa de Krabi chama-se Ao Nang e nos disseram que havia um centrinho de compras por lá e uma praia bonita. Os resorts ficam mais afastados e numa praia que, se não tivéssemos conhecido Phi Phi Island, acharíamos bonita. Como fizemos o passeio na volta da ilha, ficamos até decepcionados com o visual, que em nada se parecia com o que tínhamos visto. Assim, como já disse antes, minha sugestão é cortar as cidades e focar na ilha. Mas eu não sou dono da verdade, repito.

Fotos?

Aí o leitor mais cri-cri vai dizer: mas você tá de má vontade porque não conheceu as ilhas (James Bond e Chicken Island) e nem a praia de Ao Nang, com suas lojinhas e etc?

Pode ser que sim. Mas digo o seguinte: o que vimos em Phi Phi Island não nos permitia ficar dando muitas voltas. A praia em frente ao nosso hotel era tão estonteantemente bela que, sinceramente, não tivemos a menor vontade de andar. Além disso, os deslocamentos são longos, os ferrys demoram tempo e minha esposa detesta barcos. Assim, temos um acordo de evitá-los sempre que possível. Caso o seu intuito seja outro (baladas e festas, por exemplo) pode ser que goste de Phuket ou de Krabi. Para mim, quando voltar lá (e isso ocorrerá um dia) serão apenas pontos de passagem para o ferry para Phi Phi Island…